Desse período para cá, várias tentativas de acerto entre as duas partes, de pontos como promoção, progressão e inclusão dos funcionários de escola no documento, foram essenciais para serem pautados e discutidos em assembléias nas 18 regionais - o indicativo de greve no final de 2010, o que culminou agora, com a paralisação das atividades nas unidades escolares.
Concordância
Conforme a diretoria, várias reuniões ocorreram com variadas proposições do governo. Nenhuma delas teve a concordância do Sindicato, haja vista não agregar as condições exigidas pelo educador. No último dia 23, representantes dos dois grupos, reuniram-se mais uma vez. Dessa vez, o governo ofereceu 10%, a partir de 1º de outubro deste ano (2011), além do envio da proposta do Estatuto do Educador à Assembléia Legislativa.
Os diretores do SINPROESEMMA, no entanto, propuseram a recomposição salarial como parte da implantação da tabela a partir de 1º de março. Além disso, a direção quer o contingenciamento de recursos de outras áreas para contemplar as necessidades da Educação. “Precisamos estar unidos para dar continuidade ao movimento. O sindicato está coordenando em todo o Estado do Maranhão”, conclamou Júlio Pinheiro, presidente do SINPROESEMMA, ao tempo em que orienta a categoria para organizar suas agendas, cuja finalidade é participar da mobilização dirigida pela entidade de classe. “Esta iniciativa visa sensibilizar a sociedade para a necessidade da implantação do novo Estatuto, que compõem direitos que foram negados dos trabalhadores durante décadas”, ressaltou ele.
Adesão
Durante o ato, já em frente ao Palácio dos Leões, o movimento paredista recebeu o apoio de representantes da UNE (União Nacional dos Estudantes) e Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), que se pronunciaram a favor da greve.
Júlio Guterres, diretor de Comunicação do SINPROESEMMA e presidente da seção maranhense da CTB, discursou criticando a política do governo Roseana Sarney para o servidor público, especialmente para os da Educação. "Esse governo demonstra mais uma vez que não tem compromisso com os servidores públicos e com a população maranhense. Agora mesmo, ontem [dia 28] a base governista aprovou na Assembleia Legislativa projeto encaminhado pela governadora Roseana estabelecendo um salário mínimo de R$ 540, quando em todo o país o mínimo é R$ 545 e nossas centrais sindicais lutaram por R$ 560", protestou o presidente da CTB-MA.
Ainda na ocasião, os trabalhadores denunciaram várias ocorrências nas escolas maranhenses. ”Violência entre estudantes é uma constante”, disse ao anunciar o diretor do SINPROESEMMA, Euges Lima. O professor alertou também para a obrigatoriedade de dar aula aos sábados, domingos e feriados. Medida tomada pelo governo, aplicada nas escolas de Pinheiro, mas antipatizada de pronto, pela categoria.
Também foi denunciada, durante a manifestação, a coação por parte da diretora da escola Coelho Neto, para a não participação dos trabalhadores, no movimento. “Peço paciência a todos. Que busquemos o diálogo propositivo e não exacerbado, o pluralismo”, disse, ao pregar a unidade da categoria para vencer a intolerância e a prepotência do governo para com a negociação sobre os 21 itens que compõem a pauta de reivindicação dos trabalhadores.
O movimento grevista terá continuidade esta semana com blitz nas escolas pela manhã e à tarde. Já na próxima quinta-feira (03), às 8h30, a direção convida os educadores para novo ato público com concentração na Praça Deodoro, partindo rumo ao Palácio dos Leões, pelas ruas principais do centro.
AGENDA DA GREVE
2 DE MARÇO (QUARTA-FEIRA)
7h30 – Blitz nas escolas
14h – Blitz nas escolas
14h – Blitz nas escolas
3 DE MARÇO (QUINTA-FEIRA)
8h30 – Concentração na praça Deodoro e passeata até o Palácio dos Leões, com ato público
14h – Blitz nas escolas
14h – Blitz nas escolas
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