quarta-feira, 2 de março de 2011

Greve de educadores começa com grande adesão no Estado

Motivados a conquistar seus direitos por meio da aprovação e implantação do Estatuto do Educador, os trabalhadores da rede estadual de educação deram início, nesta terça-feira (1º), à greve com tempo indeterminado em todo o Estado. Para marcar a data, o SINPROESEMMA realizou um protesto que envolveu centenas de educadores que se concentraram na Praça Deodoro, seguindo pelas ruas do Centro Histórico e finalizando com ato público em frente ao Palácio dos Leões.
A medida tomada pelos trabalhadores em dar início ao movimento grevista, diz respeito ao tratamento dispensado pelo governo do Estado às políticas de educação da rede pública de ensino. De acordo com a direção do SINPROESEMMA, a luta pela aprovação do novo Estatuto do Educador acontece desde meados de 2009.
Desse período para cá, várias tentativas de acerto entre as duas partes, de pontos como promoção, progressão e inclusão dos funcionários de escola no documento, foram essenciais para serem pautados e discutidos em assembléias nas 18 regionais - o indicativo de greve no final de 2010, o que culminou agora, com a paralisação das atividades nas unidades escolares.
Concordância
Conforme a diretoria, várias reuniões ocorreram com variadas proposições do governo. Nenhuma delas teve a concordância do Sindicato, haja vista não agregar as condições exigidas pelo educador. No último dia 23, representantes dos dois grupos, reuniram-se mais uma vez. Dessa vez, o governo ofereceu 10%, a partir de 1º de outubro deste ano (2011), além do envio da proposta do Estatuto do Educador à Assembléia Legislativa.
Os diretores do SINPROESEMMA, no entanto, propuseram a recomposição salarial como parte da implantação da tabela a partir de 1º de março. Além disso, a direção quer o contingenciamento de recursos de outras áreas para contemplar as necessidades da Educação. “Precisamos estar unidos para dar continuidade ao movimento. O sindicato está coordenando em todo o Estado do Maranhão”, conclamou Júlio Pinheiro, presidente do SINPROESEMMA, ao tempo em que orienta a categoria para organizar suas agendas, cuja finalidade é participar da mobilização dirigida pela entidade de classe. “Esta iniciativa visa sensibilizar a sociedade para a necessidade da implantação do novo Estatuto, que compõem direitos que foram negados dos trabalhadores durante décadas”, ressaltou ele.
Adesão
Durante o ato, já em frente ao Palácio dos Leões, o movimento paredista recebeu o apoio de representantes da UNE (União Nacional dos Estudantes) e Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), que se pronunciaram a favor da greve.
Júlio Guterres, diretor de Comunicação do SINPROESEMMA e presidente da seção maranhense da CTB, discursou criticando a política do governo Roseana Sarney para o servidor público, especialmente para os da Educação. "Esse governo demonstra mais uma vez que não tem compromisso com os servidores públicos e com a população maranhense. Agora mesmo, ontem [dia 28] a base governista aprovou na Assembleia Legislativa projeto encaminhado pela governadora Roseana estabelecendo um salário mínimo de R$ 540, quando em todo o país o mínimo é R$ 545 e nossas centrais sindicais lutaram por R$ 560", protestou o presidente da CTB-MA.
Ainda na ocasião, os trabalhadores denunciaram várias ocorrências nas escolas maranhenses. ”Violência entre estudantes é uma constante”, disse ao anunciar o diretor do SINPROESEMMA, Euges Lima. O professor alertou também para a obrigatoriedade de dar aula aos sábados, domingos e feriados. Medida tomada pelo governo, aplicada nas escolas de Pinheiro, mas antipatizada de pronto, pela categoria.
Também foi denunciada, durante a manifestação, a coação por parte da diretora da escola Coelho Neto, para a não participação dos trabalhadores, no movimento. “Peço paciência a todos. Que busquemos o diálogo propositivo e não exacerbado, o pluralismo”, disse, ao pregar a unidade da categoria para vencer a intolerância e a prepotência do governo para com a negociação sobre os 21 itens que compõem a pauta de reivindicação dos trabalhadores.
O movimento grevista terá continuidade esta semana com blitz nas escolas pela manhã e à tarde. Já na próxima quinta-feira (03), às 8h30, a direção convida os educadores para novo ato público com concentração na Praça Deodoro, partindo rumo ao Palácio dos Leões, pelas ruas principais do centro.


AGENDA DA GREVE
2 DE MARÇO (QUARTA-FEIRA)

7h30 – Blitz nas escolas
14h – Blitz nas escolas

3 DE MARÇO (QUINTA-FEIRA)

8h30 – Concentração na praça Deodoro e passeata até o Palácio dos Leões, com ato público
14h – Blitz nas escolas
Links Patrocinados

Nenhum comentário:

Postar um comentário